zagadka!!
domingo, 30 de maio de 2010
Minha infância...
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Dio
Ronnie James Dio, vocalista de heavy metal que substituiu Ozzy Osbourne no Black Sabbath, morreu no domingo, cinco meses depois de ser diagnosticado com câncer de estômago.Ele tinha 67 anos.
O roqueiro, descendente de italianos e norte-americanos de New Hampshire e nascido com o nome de Ronald James Padavona, também liderou sua própria banda, Dio, cuja música "Holy Diver", de 1983, marcou as rádios do rock clássico.
Ele também ajudou a popularizar o gesto feito com as mãos do "chifres de diabo", símbolo do heavy metal.
Dio conquistou sucesso inicialmente em 1975 ao integrar o grupo Rainbow, liderado pelo ex-guitarrista do Deep Purple, Ritchie Blackmore, e entrou para o Black Sabbath, expoentes do heavy metal, depois que Osbourne foi expulso em 1979.
tsc.
domingo, 2 de maio de 2010
Vinícius, sometimes - sucks!!!
O poeta bem me perdoe
beleza não é fundamental
começa que muito feia
mulher nenhuma é foi será
fundamental mesmo é toda mulherinha
ó filhas de Curitiba
a primeira a do meio a última
quanto mais uma falsa feiosa
o abraço mais apertado o beijinho mais quente
tua fórmula contada na medida pesada não de mulher
sim deusa impossível
de tantas complexo de inferioridade
o cruel inventário de vergonhas defeitos culpas
um basta à discriminação
deliras poeta as muitas letras te fazem delirar
nua e louca nos teus braços
cada tripa um coração latindo de amor
qual é me diga a mulher feia
tudo bem com o rostinho de pássaro lírio nuvem
seja nariiz curto comprido reto papagaial
na diferença um novo encanto
pouco vale o corpo magriço da rosa de anorexia
se é a flor do enjôo tédio não me toque
abre os teus braços aos fino feixe de ossos
mais ainda a essas babilônias de jardins suspensos
pirâmides de broinhas mimosas em marcha
pororocas de muitas águas com peixinhos vermelhos
cada curva prega dobra a mãe de todas as batalhas
como pode ó cara
qualquer mulherinha sem exceção
um certo não sei que particular original
única entre todas
um par de seios já viu um par de tudo
não só os dotes físicos que tal as prendas morais
sem falar das muito secretas
santas e pecadoras
megeras e mártires
escravas e domadoras furiosas de chocotinho
ai Senhor chicote e botinha preta
viva o seinho na metade do limão-galego
mal abarca um deles nas tuas mãos cheias
sem desfazer dos mamelões colossos
mal abarca um deles nas tuas mãos cheias
ganha com sorte uma gotinha de puro deleite
o que conta no olho grande redondo pequeno rasgado
é a lágrima fácil do delírio de espuma
alta baixa gorda magra loira morena
ninfeta coroa velhinha santíssima
amá-las a todas é o que te seduz
palmas à diáfana bailarina
bem mais aos teus passos nas nuvens da volúpia
não o ventre mas a dança do ventre
de que te servem as ricas saboneteiras
sem o chupão de fogo na nuca
nada de lindeza enjoadinha estéril narcisista
antes a mulher completa
àrvore farfalhante ninho de passariho muita fruta
bandinha com clarins e bandeiras
cisne de asas abertas suspenso sobre a água
altar de sarças ardentes
ela a sereia perneta você o canto forte
menos um antebraço uma orelha um pré-molar
que diferença faz
melhor combateremos de luz apagada
uma de tuas mãos presa na gurada da cama
eis a verdade única meu poeta
sabido que muito feia
mulher nenhuma é foi será
salva salve a eterna mulherinha
ó filha de Curitiba
morrendo de tanto beijo a cada hora na gritaria da paixão
gatinha crucificada nos cravos da luxúria
jardim de flores carnívoras
cada tripa um coração latindo de amor
nua e louca nos teus braços
me diga é feia essa mulher
(Dalton Trevisan. "Dinorá", 1994.)