Quando estive em ctba na semana passada peguei o mp3 do meu pai pra recarregar (com outras músicas)... e desta vez, além do almir guineto e jean michel jarre, lasquei uns raul, robert johnson, ella fitzgerald, billie holiday, nat king cole, louis armstrong, e por aí vai... acho que o meu véinho vai curtir. hehehe... falando nisso, tirei da lembrança, e vai argures sobre o raul.... (na faculdade a gente aprende coisas estranhas, porém, excelentes tb...;)
O que eu sei do Raul é que era um subversivo, mas também era popular, nunca deixou de ser e fazia questão disso, como o que vou percebendo em toda a obra que me está ao alcance. Era um cantor do povo em todos os sentidos que a palavra povo pode abranger. Raul também era uma pedra no sapato da ditadura e dos moralistas de plantão. O cara manda muito bem até hoje em matéria de filosofia (“Eu Sou a Areia da Ampulheta/ O Lado mais Leve da Balança”), amor livre (“Se eu te amo e tu me amas/ Um amor a dois profana/ O amor de todos os mortais”), existencialismo (“Vou subir/ Pelo elevador dos fundos que carrega o mundo sem sequer sentir/ Vou sentir/ Que a minha dor no peito que eu escondi direito agora vai surgir/ Vou surgir/ Numa tempestade doida pra varrer as ruas em que eu vou seguir”) e a dor de viver (Oh, morte, tu que és tão forte/ Que matas o gato, o rato e o homem/ Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar”).
Uma, especificamente, gravei pro meu pai ouvir: "mas, é que lá de cima, lá da beira da piscina, olhando os tristes mortaaaaaaaais, das alturas, fazem escrituras, e não me perguntam se é pouco ou demaaaais!" ele vai curtir, tenho certeza...hehehehe!
Espero ter tempo pra (re) ouvir Raul, pois uma obra dessa magnitude ficar pairando por aí sem ser captada é de um desperdício assustador.
Música: Judas.
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