Tem gente que escolhe o amor como quem escolhe um carro. Avalia ano, marca e modelo, o estado da lataria, a performance e, principalmente, o valor de mercado. Não se importa de gastar uma nota preta com isso, investe em seguro total e não economiza na manutenção. Volta e meia troca de amor por um mais novo, mais bonito, mais possante ou, melhor ainda, acumula. Detesta perder o que é seu e pensa que sempre cabe mais um na garagem: ter é poder. O mundo é dos ambiciosos e o fundamental é estar bem na fita, desfilar seu sucesso, mostrar a todos que é um vencedor. Mais cedo ou mais tarde, infelizmente, nosso campeão vai cair do cavalo. Vai ficar obsoleto ou, antes disso, vai sofrer um acidente de percurso e sua sucata vai terminar no ferro-velho, como todas as outras.
eta, que o povo parece que não aprende...
¹ Sartre
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