A Bunda, que Engraçada
A bunda, que engraçada. Está sempre sorrindo, nunca é trágica Não lhe importa o que vaipela frente do corpo. A bunda basta-se.Existe algo mais? Talvez os seios.Ora - murmura a bunda - esses garotosainda lhes falta muito que estudar. A bunda são duas luas gêmeasem rotundo meneio. Anda por sina cadência mimosa, no milagrede ser duas em uma, plenamente. A bunda se divertepor conta própria. E ama.Na cama agita-se. Montanhasavolumam-se, descem. Ondas batendonuma praia infinita. Lá vai sorrindo a bunda. Vai felizna carícia de ser e balançar.Esferas harmoniosas sobre o caos.A bunda é a bunda,redunda
Autor: Carlos Drummond de Andrade
2 comentários:
Merci Carmem.É bom saber que o blog de vez em quando é lido. Vou adicionar o seu aos meus links, se você não se importar.Nossa,ainda não li todos seus textos, mas o poema "Em tempo de caos" é show, essa parte:
"e,em tal condição, converto-me em coisa: posso ser tocado, comprado, vendido..." dá uma ótima epígrafe.
Au Revoir!!!
heheheh
ótimo baby!
=*****
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