Eu me deparei com a dúvida do que é ser humano.
Não encontrei raízes semióticas para reforçar o fundamento da criatura que carrega a pecha de animal racional.
Um único olhar pelos últimos séculos, demonstra que
sentimentos menores conduzem a humanidade.
A falha teológica em se acreditar num ser trino, mesmo que em forma de dogma , nos conduz ao parecer metafísico da dualidade do ser humano que não condiz com o que nos elucida as ciências modernas.
Separar o corpo do espírito, como se fossem duas metades, é um simples arraigado sentimento de maniqueísmo , onde bem e mal conflitam os quereres do equilíbrio.
Estendo o raciocínio para a amplitude do universo, nos
deparamos com um ser “todo poderoso”, onisciente, onipresente e onipotente que
tudo pode, sem nos legar um mínimo de justificativa. Que habita um plano exclusivo, e sequer seu rosto pode ser contemplado por meros seres humanos,
mas com total inferência sobre a matéria.
Ora, se a inferência é sentida,
logo, pode ser medida, quantificada, e reproduzida. É uma lei universal.
Toda ação mensurada pode ser reproduzida,
programada. Se descobríssemos como opera Deus, poderíamos duplicar suas ações,
e se seus desígnios são um mistério, já podemos estar no limiar de sua criação sem saber.
O próprio ato de pensar, é uma maravilha sem precedentes. O fato de
lembrarmos , até mesmo o que não pensamos, nos indica que de posse do
conhecimento, somos capazes de emular qualquer atividade.
É bom divagar pelo ato da criação universal. Perceber a mecânica celeste, uma construção
tão perfeita, tão gigantesca, que é impossível ser reproduzida pelo
conhecimento atual, mas com esforço isolado de alguns homens, seus meandros são postos à lume. Retorno aqui, ao arquétipo da árvore do bem e do mal.
Uma fruta, a maçã,
ofertada como prova de arrogância humana
(ah, vale lembrar que arrogância, nessa acepção, remonta ao conceito latino de AB, prefixo de negação, afastamento, ROGARE, suplicar, pedir. Arrogância tem por definição: não pedir, não suplicar. Buscar por si só) Duas vezes a maçã, tem papel de fundamental importância no
conhecimento humano. Na exegese bíblica a maçã é usada figurativamente como símbolo de liberdade. Avançando alguns séculos, nos encontramos no Jardim de Newton, pai da física moderna, que acreditando ou não na lenda do Éden, com uma maçã nos deu ligames para a liberdade da Terra. Sim, é um contra-senso, a descoberta da gravidade que traz tudo para à Terra, ser a mesma força que nos impulsiona para o espaço, céu, paraíso - se
quiser assim.
Recoloque suas idéias ao nível do espanto, e jogue algo para o alto, acompanhe o movimento descendente . O que depreende disso tudo?
Uma lei universal obriga a tudo o que sobe descer, mas se vencida esse lei, há um universo a se galgar. Qual o sentido de uma lei universal, amplamente percebida, sentida, em níveis terrestres, mas sobremaneira inútil quando se desliga da terra? Qual
a validade de uma lei que só pode ser aplicada a prisioneiros da gravidade ?
qual é a de um Deus que cria leis diferentes para diferentes
situações?
Se são desígnios celestes, além do parco conhecimento que possuo, ou algo
aquém do espiritual, eu me conluio à dúvidas, questionamentos, ceticismos e
tudo o mais que o pensar-razão nos pode ofertar.
Se dizendo ter certeza da existência de um ser poderoso, o ser humano já é capaz de
tais atrocidades , fico imaginando o que fariam se a certeza fosse da ausência total de Deus. Tudo se permite na presença de Deus! O que poderia acontecer na ausência de Deus para as pessoas? Ah, é cansativo ler o óbvio.
Vou resumir: Jardim do Éden e maçã. Jardim de Newton e maçã.
Originalidade é só com Deus?? Deus é um só?? Deus é? Na vida real acontecimentos se duplicam, multiplicam. (Percebi há tempos que eu sou único. Não há ninguém igual a mim.)
Silogismo de Sócrates.
Cada ser humano é único.
(Deus é único?)
Somos deuses em construção?
zagadka!!
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
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