domingo, 30 de maio de 2010

A Culpa É do Samba (Disney) de "Tempo de Melodia" 1948

The Aracuan

Aurora Miranda - Quindins de yaya

Minha infância...

foi muito boa. nessa época eu assistia desenho de verdade, não essa porcariada de luta e palavreado hostil e violento que passa hoje na tv aberta e fechada(junto com o outro 1% de coisa boa, claro)... assisti muito jambo e ruivão, pantera cor-de-rosa, corrida maluca, muzzarelas e tantos outros que só de lembrar sinto uma saudade tão grande... bom, então uma amiga me enviou um link:


http://www.almacarioca.com.br/quindins.html

nossa, me emocionei mesmo. já sou uma manteiga normalmente, vendo esses desenhos então, vixi...

dêem uma olhada. vale a pena, ainda mais se vcs são da década de 70, just like me.

alma carioca, quindins de ya-ya... vcs não fazem idéia...


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dio

Ronnie James Dio, vocalista de heavy metal que substituiu Ozzy Osbourne no Black Sabbath, morreu no domingo, cinco meses depois de ser diagnosticado com câncer de estômago.Ele tinha 67 anos.

O roqueiro, descendente de italianos e norte-americanos de New Hampshire e nascido com o nome de Ronald James Padavona, também liderou sua própria banda, Dio, cuja música "Holy Diver", de 1983, marcou as rádios do rock clássico.

Ele também ajudou a popularizar o gesto feito com as mãos do "chifres de diabo", símbolo do heavy metal.

Dio conquistou sucesso inicialmente em 1975 ao integrar o grupo Rainbow, liderado pelo ex-guitarrista do Deep Purple, Ritchie Blackmore, e entrou para o Black Sabbath, expoentes do heavy metal, depois que Osbourne foi expulso em 1979.



tsc.


domingo, 2 de maio de 2010

Vinícius, sometimes - sucks!!!

meu queridíssimo amigo-irmão Iggy, mon ami dans tout les heures... que foi aquilo no teu blog??! rssssssss

ainda bem que eu sei quem vc é e do que q vc é feito, senão ia ficar pasma... porém, como sei que vc é fã de carteirinha da viniciusbimtoquinhobertolândia, aqui vai meu favorito do franksdaltein trevisan, o velho doidão da 13 de maio que eu adoro. (em represália literal ao teu vinícius-belomaníaco-fundamental.



Receita de Curitibana


O poeta bem me perdoe
beleza não é fundamental
começa que muito feia
mulher nenhuma é foi será
fundamental mesmo é toda mulherinha
ó filhas de Curitiba
a primeira a do meio a última
quanto mais uma falsa feiosa
o abraço mais apertado o beijinho mais quente
tua fórmula contada na medida pesada não de mulher
sim deusa impossível
de tantas complexo de inferioridade
o cruel inventário de vergonhas defeitos culpas
um basta à discriminação
deliras poeta as muitas letras te fazem delirar
nua e louca nos teus braços
cada tripa um coração latindo de amor
qual é me diga a mulher feia
tudo bem com o rostinho de pássaro lírio nuvem
seja nariiz curto comprido reto papagaial
na diferença um novo encanto
pouco vale o corpo magriço da rosa de anorexia
se é a flor do enjôo tédio não me toque
abre os teus braços aos fino feixe de ossos
mais ainda a essas babilônias de jardins suspensos
pirâmides de broinhas mimosas em marcha
pororocas de muitas águas com peixinhos vermelhos
cada curva prega dobra a mãe de todas as batalhas
como pode ó cara
qualquer mulherinha sem exceção
um certo não sei que particular original
única entre todas
um par de seios já viu um par de tudo
não só os dotes físicos que tal as prendas morais
sem falar das muito secretas
santas e pecadoras
megeras e mártires
escravas e domadoras furiosas de chocotinho
ai Senhor chicote e botinha preta
viva o seinho na metade do limão-galego
mal abarca um deles nas tuas mãos cheias
sem desfazer dos mamelões colossos
mal abarca um deles nas tuas mãos cheias
ganha com sorte uma gotinha de puro deleite
o que conta no olho grande redondo pequeno rasgado
é a lágrima fácil do delírio de espuma
alta baixa gorda magra loira morena
ninfeta coroa velhinha santíssima
amá-las a todas é o que te seduz
palmas à diáfana bailarina
bem mais aos teus passos nas nuvens da volúpia
não o ventre mas a dança do ventre
de que te servem as ricas saboneteiras
sem o chupão de fogo na nuca
nada de lindeza enjoadinha estéril narcisista
antes a mulher completa
àrvore farfalhante ninho de passariho muita fruta
bandinha com clarins e bandeiras
cisne de asas abertas suspenso sobre a água
altar de sarças ardentes
ela a sereia perneta você o canto forte
menos um antebraço uma orelha um pré-molar
que diferença faz
melhor combateremos de luz apagada
uma de tuas mãos presa na gurada da cama
eis a verdade única meu poeta
sabido que muito feia
mulher nenhuma é foi será
salva salve a eterna mulherinha
ó filha de Curitiba
morrendo de tanto beijo a cada hora na gritaria da paixão
gatinha crucificada nos cravos da luxúria
jardim de flores carnívoras
cada tripa um coração latindo de amor
nua e louca nos teus braços
me diga é feia essa mulher

(Dalton Trevisan. "Dinorá", 1994.)

in

Tomando ácido diariamente!

O Informe de Brodie é aberto com um dos mais memoráveis relatos de Borges -A Intrusa. A história foi desgraçadamente vilipendiada num filme de Carlos Hugo Christensen que o Canal Brasil insiste em reprisar.

É um conto de cinco páginas, a história de dois irmãos: "Escrevo-a agora porque nela se cifra, se não me engano, um breve e trágico reflexo da índole dos antigos suburbanos das margens", narra Borges. Os irmãos protegem-se e à sua casa. Um deles leva para a casa protegida, um dia, uma mulher. Com tempo, dividem-na. Insinua-se o desentendimento. O título revela o desfecho.

Não é uma história de sexo ou de amor, mas da "afirmação de uma lealdade que não se detém ante nenhum preço" como diz Beatriz Sarlo, da Universidade de Buenos Aires, na introdução. Ou: "Um aprendizado realizado sobre a base da deslealdade àqueles valores que se consideravam constitutivos de um universo ideológico e moral."

Ainda avalia Beatriz Sarlo que Borges, naquele momento em que se aproximava do encerramento da obra, reiterava "sua moral narrativa sustentada na independência da ficção a respeito de seu espaço histórico". Nada é mais exemplar dessa independência do que a frase inicial do primeiro parágrafo de A Intrusa: "Dizem (o que é improvável)..." (aliás, adoro esse tipo de estilo na literatura de Borges... ô delícia das palavras.)

Existe, no entender de Sarlo e de outros estudiosos, desde o início, na obra de Borges, uma pergunta essencial sobre a possibilidade de escrever literatura na Argentina. "A primeira coisa que Borges faz é rearmar uma linha cultural para esse lugar excêntrico que é seu país", descreve a estudiosa. "Borges reinventa um passado e organiza uma tradição literária argentina em operações que são contemporâneas a sua leitura das literaturas estrangeiras."

E ainda, numa conclusão brilhante: "Da periferia (das literaturas estrangeiras), Borges consegue que sua literatura se relacione de maneira não dependente com a literatura ocidental. Faz da margem uma estética."

É assim, dessa "periferia", que Borges reescreve , à sua maneira, as Viagens de Gulliver, de Swift, no conto que dá nome ao livro - entretanto, já leram Pierre Mnard reescrevendo o Quixote? ou como, numa existência eterna, qualquer um, obrigatoriamente, reescreveria o Quixote, mas criticamente, no jogo de ambigüidades e enigmas, ironias e perspectivas instáveis como nunca realizado por qualquer outro autor.

Enfim... como já postei certa vez... Borges é um ácido.

eu adoro ler qqr coisa dele.

quandos as portas se fecham...


... é bom estar do lado de dentro? é bom estar do lado de fora? na realidade o ideal é que elas estejam sempre abertas, pra que a gente possa escolher entre entrar... ou sair! bom, como no desabafo da postagem anterior, as portas se fecharam para mim em determinado momento. me frustrei muito! senti que os ideais mais firmes que eu ainda tenho haviam sido roubados em plena luz do dia... e foi triste constatar que fui roubada por minhas próprias escolhas. então... eu escolhi. encore une fois.

achei que havia errado.

mas não é que eu escolhi certo? naquela velha história de que quando uma porta de fecha, várias outras se abrem, uma das novas portas se abrindo foi novamente no caminho da inclusão. e cá estou again.

e se havia quase 2 anos que estava trabalhando com ensino especial, vão se completar os 2 realmente. não mais com a síndrome de down, mas agora com a deficiência auditiva. caminho totalmente novo para mim, mas que agarrei! da forma que consegui.

fiquei tentada pelo desconhecido. to com um puta medão, mas a vontade de conhecer isso tudo é bem maior.

cabeça a mil.

é, professoras e professores... pq somos assim?

pq ainda escolhem o magistério pessoas que não conseguem ensinar nem um eucalipto??

pq não ficam em suas casas observando apenas, sem causar danos..?


hoje participei de um encontro regional de surdos. era o 10º. sabem quantas professoras da rede pública estavam lá? uma. afinal, não davam diploma para carga horária...

tá tudo errado. tudo errado.

e vou aproveitar pra enfiar aquele monte de chavões old school que dizem: "devagar, se vai ao longe"... ou "a união faz a força"... ou ainda "é dando que se recebe"... e também "se te esbofetearem, dê a outra face..." ah, esse então... é old old old school. é bíblico. aliás, falando em bíblia, o encontro foi na igreja são josé. lá tem pastoral dos surdos, com missa e tudo mais.

e não teve nada de carola, foi tudo muito bacana. coisa de Deus mesmo, pessoas de BOA vontade, passando informações COM boa vontade. é maravilhoso isso...

particularmente penso que deveria haver um representante de cada escola do município em que exista um aluno surdo. mas... eu penso isso.

Fato é que: I'm back. Muito feliz.

Meu aluno é um *xuxu*! E espero realmente poder ajudá-lo, da forma que puder e certamente, vou dar o melhor de mim. pq eu consigo isso. eu amo o que faço.

em tempo... mais um old school:
"faz o que gostas e deixa de trabalhar!" (Confúcio)