segunda-feira, 28 de abril de 2008

sobre futebol...

Cheguei a conclusão de que sou do tipo de pessoa que não tem um time do "coração"! (Torço pro Atlético Pr por uma concussão paternal...rs ) apesar de ter antipatia visceral por alguns, nem fanática mas que gosta de ver jogo bem jogado, sou daqueles seres que só começam a acompanhar campeonato quando os jogos são de vida ou morte, decisivos enfim.

mas vai começar a Euro copa... :)

Olha o que eu li...

"Política econômica não atrapalha ações sociais, diz Lula"

Que ação social?

Que política econômica?

Tem vezes que as manchetes são a síntese do escracho por si só.

O bizarro mundo literário

ABL... o que estão fazendo no Petit Trianon??
Ah, e faço do autor deste artigo minhas mais sinceras palavras! Ainda mais pq, através da Lei Rouanet, ela publicou um livro... putz!! Não pelo assunto, não é uma espécie de preconceito, não... é a desgraçada verificação de que - uma merda dessa - a Lei Rouanet apoia, enqto tanta gente boa por aí não consegue sequer 1 real pra naaaaaaaaada!!!!

"Todos, ou quase todos, sabem da minha aversão figadal pela ex-puta, a Bruna Putistinha©, que disputa palmo a palmo a honraria com o embusteiro-mor do esoterismo mundial, Paulo Caolho. Recapitulando, essa sujeita foi guindada, à condição de celebridade literária, após publicar um manual profissionalizante, e ainda conseguiu, sabe-se lá a troco de quê, uma graninha (quase R$ 4 milhões) via Lei Rouanet, para produção de um filme pornô-chique. A Brasileirinhas já produziu um filme bem mais didático e totalmente aderente ao manual, sem subsídio fiscal.

Mas enfim, não satisfeita, lança agora outro manual onde tentará ensinar às mulheres o que fazer na cama para enlouquecer um homem. Dicas como passar gelo na boca antes de boqueteá-lo e tirar fotos da bunda e mandar para ele por torpedo, fazem parte das instruções. Falar coisas picantes, frases básicas, como: "Estou molhadinha", "Você é uma delícia", "Desse jeito vou ter um orgasmo" (esta última vou traduzir aqui para a mulherada não pagar mico, digam "eu vou gozar", orgasmo é para tratados científicos, não para uma trepada bem dada). "Isso leva a moral do homem para a Lua. Eles gostam de ser xingados de safado ou cachorro", completou Bruna Putistinha©. (Traduzindo: o eles a quem ela se refere são seus clientes).

Agora me convenci que tenho que publicar mesmo o "Memórias Póstumas de um Puto Prestimoso", alguém aí quer se habilitar a manager?"

Recomendo!

Sicília



macacos laranjados
elefantes multicores
árvores azuis
céus de ônix
olhos e cabeças e orelhas
tudo...
de uma cor só!!


arte

é arte... e ela é toda sua, sicília!!

;)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O homem perfeito!

hehehehe! Posto hj esse poeminha pq achei muito real!! Não sou contra gays, pelo contrário, tenho alguns amigos homossexuais (gay pra mim, todo mundo é, ainda que sem saber!) e são pessoas maravilhosas, portanto, este poema é pra frisar que... todo homem necessita de uma parte gay* no seu jeito de ser, aí sim, seriam perfeitos... :)



"O homem perfeito é lindo
tem um pouco de mistério
é belo quando está rindo
é belo quando está sério

O homem perfeito é bom
tem um jeito carinhoso
quando fala, em meigo tom
causa arrepio gostoso

O homem perfeito tem
energia, não se cansa,
lava louça, cozinha bem,
gosta muito de criança

O homem perfeito é
sensível à grande arte
gosta de dança e ballet
nunca haverá de magoar-te

Para encerrar a preceito
estes versos que alinhei:
se existe um homem perfeito..

...o filho da puta é GAY! "

quinta-feira, 24 de abril de 2008

quase-inverno

ficar em casa
debaixo das cobertas
curtir o frio
ganhar carinho



ah, maravilhas do quase-inverno...

;)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

pour toi!

Escrevi um poema soi-disent
corpo-texto uno
ramificado
pra te tocar em dois:
corpo e alma!

pro teu corpo estendi versos curtos
moldados para serem o texto inscrito
no anel que tenho nas mãos,
tuas!

pra tua alma
palavras tiradas da minha alma,
igualmente
tua!

não sou poeta, apenas
escrevo, cher amour...
as letras são o que me resta.
palavra flue... uma após a outra... e
nunca vão cessar,
ainda que eu perdesse a pena!

chez nous!!

coisas de nossa casa,
casa da minha alma!
:)

amor-texto

amor-texto!
verbo indeclinável.
não acondicionado por nenhum tempo verbal!
amo
agora e antes e depois, imediatamente!

letras de amor!
meu amor é verso livre.

e o alvo do meu amor-texto
é quem me completa!
minha sombra e meu reflexo!

letras do texto!


C.

domingo, 20 de abril de 2008

Poema

Manoel de Barros

"A poesia está guardada nas palavras
é tudo o que eu sei.
Meu fado é de não entender quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não cultivo conexões com o real.
Para mim poderoso não é aquele
Que descobre ouro.
Poderoso para mim é aquele que
Descobre as insignificâncias: do mundo e as nossas.
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios"

"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas. Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha, nem desconfia que se acha conosco desde o início das eras. Pensa que está somente afogando problemas dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar inquietação do mundo!"


Mário Quintana


ah, as boas obras...

O armário

"(No entanto, eu os guardo.)
E por isso cuido com tanto zelo daquele armário herdado da mamãe que como uma catedral jaz no canto esquerdo de meu quarto de solteiro. É no velho armário de madeira firme com espelho de fronte que arrumo, em cada compartimento, os meus momentos, antes de passar a chave. Organizo com hierarquia, seguindo uma lógica minha, subjetiva. Amontôo os bons momentos ali pois decerto não há tempo a perder – é preciso cumprir minhas tarefas, amealhar mais e mais momentos, não a fim de dá-los generosamente a alguém, mas a desfrutá-los quando enfim puder. Entre o desejo de ficar e a obrigação de ir, não pode restar dúvida. A vida é um fluido estável de calma – precisa ser! – e as ânsias, se havidas, ficaram outrora. A vida agora é branca, é limpa, é minha."
Marcelo Moutinho

Tá na moda!! Again...

Pq algumas pessoas acham que usar roupa preta, cabelos longos prtíssimos, unhas longas igualmente pretas, passar pancake cor-fantasma e andar feito um zumbi notívago é ser bruxa??? ontem deparei com uma criatura desse aspecto, que no meio do meu silêncio, encravou hora e meia infinitas* sobre o que é a wicca... (oh, mother nature... can ya help me???)

pra mim, não passa de uma pseudo-nada! ou seja, uma mistureba de gótica-dark-emo-hype-modernete-que-acha-que-ser-bruxa-é-decorar-palavrinhas-sobre-a-wicca.


PQ??PQ ESTES SERES ME CERCAM??? EU ATRAIO IGNORANTES MALUCOS??

voilà!


Quando falamos do catolicismo, principalmente quando essa analise da alguma importância ao contexto histórico, costumamos dar certa ênfase no fato de a igreja católica ter realizado um sincretismo entre seus santos e os deuses autóctones das regiões por onde eles se estabeleciam. Brigith/Santa Brigida é um exemplo clássico e surrado. Aliás, essa pratica, olhando mais a fundo e sem preconceitos de classe ;-) foi comum a todos os povos, a citar os romanos na gália, outro exemplinho classico.
Bom, esses dias, tomando banho, já que, além do horário de dormir (imposto pelo relógio coletivo, não pelo meu), esse é um dos poucos momentos que meu cérebro começa a funcionar. Não pensem que isso é motivado por questões “não-cristãs”, apenas por que são horas que não me encontro teoricamente pensando em nada, cabeça vazia, oficina do diabo, como diz o ditado. Bem, mas terminando a conversa fiada, estava eu pensando sobre o sincretismo religioso promovido pela igreja catolica, através dos seus senhores de engenho e outros senhores da nossa sociedade colonial, entre os deuses africanos, ou orixás respeitando o termo original, e os santos sem tempero da religião oficial. Essa mistureba toda, que objetivava "amansar" os conquistados, acabou virando o que se convem chamar hoje de Umbanda. Claro que nessa salada mista entraram outros tipos de entidades, índios, prostitutas desencarnadas, e o resto.
Bom, a conclusão simples, não simplista, é que eles alcançaram seu objetivo.
Talvez até mais do que esperavam, a mistureba que fizeram, gerou outra religião, a umbanda, ao contrário do Candomblé, não é politeista, nem pagã. Reconhece apenas um deus, o resto é entidade, isso é atestado por qualquer umbandista. Freqüentadores esporádicos também podem dar seu testemunho.

No Candomblé de nossa terra, o resultado foi semelhante, mesmo as casas mais antigas, com raras excessões, convivem hoje com visões não muito tradicionais, falando-se do paganismo africano de 500 anos atrás. Não há um seguidor do candomblé que não reconheça que em um santo catolico, uma variação de seu orixá. Claro que isso pode parecer simplista, mas como eu disse, é simples, portanto diferente. Claro que existem aqueles que não reconhecem ogun em são jorge... Mas com certeza vêem Iemanjá na virgem maria, ou oxumare em alguma santidade da santa madre igreja.
Mas parando a introdução, hoje lendo uns artigos, parei pra pensar na Wicca.
Analisando as crenças wiccanas, os dogmas, e principalmente as falas desse povo todo que aqui entre nós está, me fiz a pergunta: os católicos venceram?

Detestável pensar isso, mas sigamos adiante.

TODAS as religiões pagãs, européias, norte-americanas, latino americanas, chinesas, japonesas... Eram religiões politeístas. Alias o politeísmo é um dos conceitos mais importantes para se aceitar uma religião como pagã. Pelo menos no meu ponto de vista, e no de outros malucos que ocupam seu tempo com assuntos afins /-)
Nessas religiões, as divindades não eram importantes, mas Únicas. Tudo girava em volta da religião e dos deuses.
Outro aspecto, é que muito se discutia nessas religiões sobre a natureza e origem dos deuses, formas de culto, etc. Podemos dizer que não apenas o culto, mas o estudo da divindade era central. Na Wicca,o divino como um ser externo acabou perdendo peso.
O que ficou, alias, o que se acrescentou, foram as visões, certamente originárias dos movimentos new age, de que todo ser é divino, da divindade imanente, etc. Com isso, certas praticas passaram a ter muito mais valor que uma oração a Hera, Atena, Ix Chel, Tupã, ou Amaterasu. Falo aqui da yoga, meditações (especificamente daqueles modelos orientais), mantras, etc. Não que algumas delas, como os estudos sobre chackras e aura, não sejam importantes, essa importância é atestada em inúmeros escritos dos povos antigos, que sob outros nomes, em certos casos, tinham conhecimento desses assuntos. Mas seja por uma mudança de era como dizem uns, ou apenas por mudança de comportamento sem influencia externa ou astral, os deuses perderam espaço e respeito. Precisamos deixar claro aqui, pra não parecer extremismo e mania de perseguição, que se reconhece que essas praticas não são de origem católica, já que o tema central é esse. Mesmo assim, auxiliaram no processo, graças, inclusive, a certos conceitos arraigados nos "novos-pagãos", como pecado/inferno, que muito podem se assemelhar com o karma/dharma, etc.

Outro aspecto além do que já comentamos, é que a Wicca, produziu um verdadeiro reducionismo divino. Os católicos, quando conquistaram territórios, raciocinando, ligaram os deuses dos povos conquistados a seus santos, unindo ao seu "Deus", a divindade predominante do panteão inimigo. Na Wicca ocorreu algo semelhante. Frequentemente vemos wiccanos dizerem que todos os deuses são apenas um deus, e que todas as deusas são face de apenas uma deusa. Essa crença, obviamente produziu o que se esperava, o final da historia, é que o Deus/Deusa são apenas face de UM só deus. Monoteísmo versão 2.0.

Um problema nesse caso, que muitos usarão como contra-ponto é que todas as religiões politeístas possuíam deuses maiores, regentes, ou seja, uma divindade criadora. Correto, todos os povos possuíam um ser (o uso do termo masculino é de formação apenas) que possuía o papel de criador. Porém, poucas são aquelas em que essa divindade possuía papel tão destacado como no cristianismo e nas religiões monoteistas, entre as quais, acho que podemos colocar a wicca.

Confusão entre o que dissemos anteriormente sobre um papel mais secundário dado pela wicca à divindade? Nenhuma. O que dissemos foi que práticas
sacerdotais não tem na wicca tanta importancia como possuiam nas antigas religiões pagãs. Porém, enquanto única divindade do sistema religioso o Deus/Deusa não deixam de ser importantes. Até porque, caso isso ocorresse, a wicca perderia de vez sua posição entre as religiões. Mas antes de prosseguir, um fato interessante. Quanto wiccanos não vimos por ai, usando termos como Ser Superior, Criador, Deusa, tudo no maiúsculo? Talvez pareça infantilidade ou falta de argumentos, ou mesmo
mania de pesquisador que adora usar etimologia pra explicar o que não tem explicação.
Mas algumas palavras sobre psicologia poderiam nos ajudar muito a ver uma semelhança nada ocasional no fato.

A entidade criadora na Wicca, é vista mais em seu aspecto feminino.
Utiliza-se daí do conceito de que essa entidade possuía em si tanto a energia masculina, quanto a energia feminina.
Bom, um conceito sofisticado demais para dizer que é originário de povos de cinco mil anos. Não que divindades hermafroditas não existissem, Oxumaré e Hermafrodita, um filho de Afrodite são exemplos. Mas não cercados de explicações esquisotéricas.

Sobre essa não predominância da divindade criadora podemos citar como exemplo os gregos, maias e japas:

Na grécia, podemos começar com Gaia ou Eurinome, apesar de crenças diversas atribuírem a essas deusas, a criação do universo, elas não possuiam papel destacado na religiosidade do estado grego, falando no conceito grego de estado. Isso porque não citaremos Erebo e Nyx, e tantas outras divindades surgidas entre esse povo.

Entre os maias, temos hunab ku, deus do fogo, que criou o mundo, os seres e os deuses. Esse deus, também não exercia papel relevante na religiosidade maia, papel esse dado aos deuses do sol e da lua, cujos nomes, apenas como curiosidade,
Eram Kinich Ahau e Ix Chel, respectivamente.

Para os japoneses, Izanami, mãe da deusa solar, aparecia como origem de tudo.
Apesar disso, nem é lembrada no xintoismo, aparecendo apenas como mãe de Amaterasú.


Bem/Mal
Os católicos/cristãos e seu sistema religioso, como sabemos, possuem um conceito claro de bem/mal. O bem é tudo que está de acordo com a lei do Seu Deus. O mal é tudo aquilo que vai contra essa regra. Simplificando, o Bem é o que representa suas crenças, dogmas e as bases de sua sociedade, simbolizadas por Deus e suas hierarquias. O mal é tudo aquilo que atenta diretamente contra esses conceitos.
É a oposição a Deus. Sendo simplista, o mal é a oposição ao que se considera bem.

Falando politicamente, o cristinismo precisava criar esse conceito para se expandir, polarizar a disputa com as demais religiões. Isso é clássico, numa disputa, nós polarizamos a questão. O deus do outro é mal, ruim. Maquiavel que o diga.

Lembremos que, desde sua origem, o cristianismo, e o catolicismo especificamente, disputaram com o paganismo greco-romano a hegemonia sobre o mundo "civilizado". Ambos demonizavam as crenças adversárias. Disputa de poder e questão de sobrevivência.

A wicca, assim como a umbanda, e ao contrario do cristianismo não é uma religião autóctone. É um sistema criado, uma colcha de retalhos de diversas cores, tamanhos e tipos. Primeiramente, não sendo religião de um povo, de uma classe, ela não representa interesses específicos. Não simboliza, como a maioria das religiões, as características de uma nação ou estado. Não é, tampouco, os pilares de uma sociedade. Não representa por fim, o ideal de uma raça ou população. É apenas algo criado. Fruto de uma salada de ritos e crenças organizados por Gerald Gardner, aonde ingredientes vem sendo adicionados ao longo desses 50 anos. Nesse contexto, não representando uma bandeira especifica a Wicca não precisa polarizar conceitos de bem/mal. Não precisa demonizar os deuses ou deus alheio. Ela é fruto desse deus, com alguns elementos litúrgicos variados. Não é algo que ameace que contraponha diretamente o cristianismo. Ela, não representando nenhuma ameaça se torna algo insosso. Como diz o conhecimento popular, não é 8 nem 80.
Poderiamos até falar que, nesse aspecto, a wicca pode tanto ser um braço cristão para manter os descontentes na linha, como a umbanda, ou mesmo, como acredito, e talvez por não tiver sido criada pelo catolicismo, mas agregada, uma forma incipiente de resistência. Uma forma modesta de cultuar os deuses antigos, sem afrontar o Deus atual.

Estou afirmando que a wicca não possui conceito de bem e mal?
Não. Ele existe, mas não é tão escancarado. Podemos dizer, que como na umbanda e outras religiões do tipo, o mal na wicca não é o "outro", mas está ligado a visão de "pecado", está ligado a si mesmo e aos seus atos. Ora, muitos dirão que não existem pecados na wicca. Vamos ver o que é um pecado. O dicionário, consultei três, não coloco em plural pra econimizar o "s", diz que pecado é uma transgressão a um preceito religioso.

Uma das leis da wicca é: se não prejudicar a ninguém, faça o que você quiser.
Pimba! Essa crença, muito parecida com o karma dos budistas, podemos achá-la nos dez mandamentos dos cristãos.

Então, o mal na wicca seria tudo aquilo prejudicial a outro ser.
Que coisa mais hipocrita-pseudocristã-newage.

Um dos conceitos wiccanos que embasam essa crença, é o de que todo ser vivo é uma manifestação da divindade, sagrado. Logo, sacrificar qualquer ser vivo seria errado, porque transgride o preceito religioso de não prejudicar. Pena que os wiccanos se esquecem que a própria vida se alimenta de vida.

Os povos pagãos, mesmo algumas correntes, principalmente as neo-pagãs, insistindo em dizer o contrário, possuíam um conceito polarizado de bem e mal. Como o cristianismo, os gregos, os vikings, os astecas definiam como bem e aceito todas as características necessárias para sua sociedade. Seus deuses representavam seus valores, conceitos e comportamentos. O mal era tudo aquilo que provinha do outro, que prejudicasse sua expansão, seu crescimento, seu domínio. Os deuses dos povos inimigos também eram inimigos, justamente porque todos esses povos, quando em guerra, buscavam a Sua sobrevivência, e sabiam que tanto sua sobrevivência física, quanto moral e espiritual dependia da destruição ou subordinação do inimigo.

Bom não era o amor pelo próximo como prega o cristianismo e a wicca. Mas a supremacia. Paul Sartre, tem uma frase, que não foi escrita sobre esse tema, e Sarte nem era pagão também, mas que ilustra um pouco:
"o inferno são os outros".

Para exemplificar, citamos a velha Esparta: Ruim eram os fracos, os que possuiam defeitos físicos (o que impossibilitava a participação nos combates), as mulheres, os artistas, etc.
Qual era a divindade suprema em Esparta? Ares, o deus da guerra.

Deuses são a expressão de um povo, seus valores, sua arete, como diziam os gregos.

Por isso talvez a Wicca seja algo tão a parte do paganismo, ela não defende valores próprios, apenas assimila um arcabouço pútrido de conceitos cristãos, com divindades milenares, completamente difusas desses conceitos.

A Wicca é cristã? Não, oficialmente, apenas oficialmente, wiccanos não vêem Cristo como filho de "Deus". A Wicca é pagã? Difícil concordar. Cada povo pagão possuiu o seu ideal de ser humano, sua Paidéia. A Wicca é contra todos esses ideais. Prega valores contrários a qualquer povo pagão.

Em uma análise mais pragmática, podemos concluir que a Wicca é uma
Religião sem pátria, uma religião nômade que anda de povo em povo buscando deuses para oferecer a cristãos e ocidentais irritados com sua sociedade estressante e ansiosa em produzir lixo industrial. Basta olharmos o número de neo-pagãos provenientes do cristianismo que desembarcam na Wicca em busca de uma aventura, um campo para desenvolver seu ativismo ecológico, uma possibilidade de ser diferente, radical, ou mesmo um desejo sincero de se "religar", mas teimando em continuar com seus dogmas, seus preceitos, sua moral.

Com todo o respeito aos wiccanos sérios (raríssimos), a Wicca não é a resposta de um povo, de uma nação a uma sociedade fétida, construída sobre pilares que precisam ser destruídos.

É, como a Umbanda e outros movimentos religiosos, um símbolo de uma batalha vencida pela hipocrisia do cristianismo.

latim gastronômico!

"da mihis sis bubulae frustrum assae, solana tuberosa in modo Galico fricta, ac quassum lactatum coagulatum crassum"


ou

give me a hamburguer, french fries and a thick milkshake!!

sábado, 19 de abril de 2008

Hum... continho do Borges.

Fred Murdock era daqueles jovens típicos. Estudantes típicos. Gringo. As más línguas poderiam dizer: tipicamente gringo. Em dúvida sobre o que estudar, recebe a dica: por que não estudar índio? Joga-se à empreitada e passa a viver entre os índios; com o tempo, passa a sonhar em sua língua. Revelam-lhe o segredo da tribo. Converte-se no índio perfeito, antes de voltar à sua universidade para escrever a tese, baseada no invejável conhecimento adquirido. Decide não escrever a tese. Casa, se divorcia e vira bibliotecário.

Este é o argumento de um dos mais curtinhos e fascinantes contos de Jorge Luis Borges, "O Etnógrafo", do livro Elogio da Sombra (1969).

terça-feira, 15 de abril de 2008

IN A SENTIMENTAL MOOD

Procurando pérolas na net...



"Desde os primeiros dias

trocaremos palavras, beijos, até que

a chama, sotto voce, acenda: isto

ainda não é amor. Juntos iremos a cafés,

trocaremos presentes, passados, ambrosia, dançaremos

o tango até que o suor nos banhe, ainda não é amor.

Tem vértebra de amor. Tem carnadura de amor.

Tem inflorescência de amor (mas ainda não é).

Seremos devassos, tímidos, loucos e serenos,

êmbolos violentíssimos, pele na pele, não é amor.

Esperaremos o que nos reserva o futuro,

láudanos, lêmures, látegos, a irrisão de ser.

Mas o futuro, isto ainda não é amor.

Aquele bric-à-brac de lembranças

que chama à fala certo sorriso com suaviloqüência.

Certo sussurro roçagante.

Aos sábados o disco do john coltrane.

Domingo dormiremos mais que a cama, até que venha

a segunda terça, e isto ainda não é amor.

Amor virá com álulas em noites insones.

Contraíremos dívidas, brigaremos por motivos

fúteis, em vão nos amaremos: isto ainda não é

amor. Mas eis que a vida

nos consome

e morremos,

e isto

ainda

não

é"



http://www.germinaliteratura.com.br/fabricio_marques.htm

terça-feira, 8 de abril de 2008

Alcóolicas...




É crua a vida. Alça de tripa e metal.

Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d’água, bebida. A vida é líquida.


Hilda Hilst

Desgraçado!!


!!!
Thank u, André!! This picture talk everything!!!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Lao-Tsé

"Ser profundamente amado por alguém nos dá força; amar alguém profundamente nos dá coragem!"

Deprimente... rs!

"olhem aih minhas gentis...p qm naum tah por dentru dus novus dialetus ke foram disenvolvidus a parti du portugues na net...seus problemas kabaram...segue aih 1 siti ke traduz tudu p vc naum ficah kom kara d tiozaum!!!!!"


http://aurelio.net/web/miguxeitor.html


ah, a última flor do lácio..!

FUCK



FUCK

De várias coisas inúteis-utilíssimas que a TV a cabo mostra, dia desses vi o documentário sobre a palavra fuck! caras... rs, mto bom. Achei este texto na net, num blog de uns malucos de por-aí!

"A origem da expressão é discutível e existem lendas e lendas sobre ela, mas acho quase impossível existir alguma palavra realmente equivalente a ela em outra língua. Pode-se usar “fuck” ou “fucking” virtualmente em qualquer frase e ainda, dependendo do seu lugar na sentença, a palavra pode tomar significados diferentes, como por exemplo: “fuck that’s funny” (que eu traduziria como: porra isso é engraçado) ou: “that´s fucking funny” (isso é engraçado pra caralho).

Na maioria das vezes a “F word” como é chamada por muita gente, é usada para dar ênfase ao que se quer dizer ou fazer, mas obviamente ela pode e é usada com seu significado mais conhecido - fuder. Pode-se dizer por exemplo: “man we´re fucked” (cara, estamos fudidos) ou também o famoso “fuck you” (vai se foder) ou “fuck ‘em” (algo como: eles que se fodam), e por aí vai.

O que faz falta mesmo é poder soltar a tal da “F Bomb”, que é sair falando “fuck” e “fucking” aonde couber a palavra quando realmente se está puto da vida ou em inglês: “fucking pissed-off”.

Além disso, não se pode deixar de citar todas as fantásticas expressões que envolvem essa palavra como: fucked up (fudido, escroto), fucking oath (com certeza), “fuck up” (cala a boca), “fucking awesome” (do caralho), fuck off (que seria de certa maneira: foda-se), “fuckwit” (babaca) e a lista continua com significados diferentes e surpreendentes.

Tem gente que acha os filmes brasileiros uma baixaria quando se trata de palavrões falados a rodo na telinha, mas isso é porque não sabe o tanto de “fucks” e derivações que se ouve em um filme de ação em inglês; Só quem entende sabe o prazer e o alívio que falar “fuck” em uma situação fudida traz.

“Fuck” é do caralho, é foda, é uma puta palavra, legal pra porra e ainda tem uma história longa e controversa, uma função social e psicológica importantíssima além, lógico, da reprodutiva. “And folks, that’s fucking all for today”."


Ps. imagem (homem-aranha se F*!!)
hehehehehe

in http://cantinholouco.blogspot.com/

Alice Ruiz



"lembra o tempo que você sentia e sentir era a forma mais sábia de saber e você nem sabia?"


Quintana!



"Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente. "

L'État, c'est moi et l'autres.




- Tenho medo de perder meus dentes.

- Escovo os dentes em todas as direções várias vezes e a qualquer momento do dia que eu vá sair de casa;

- Penso em parar de usar Listerine® ou qualquer outra dessas coisas porque fico imaginando as bactérias de dentro da minha boca secando e morrendo;

- De um ano pra cá eu só tenho comprado calcinhas coloridas e agora não tenho mais nenhuma calcinha branca simples;

- Adoro roupa preta, carro preto, cor preta enfim...

- Adoro procurar palavras no dicionário, e quanto maior, melhor;

- Leio toda e qualquer obra (revistas, livros etc) duas vezes. Na primeira, páginas sem seqüência, com palavras que chamem a atenção e que mais me interessam, e na segunda, leio o todo, incluindo o que eu já li na primeira vez;

- Leio em voz alta os autores que merecem ser lidos em voz alta!

- Decoro as letras das músicas e depois fico cantando na frente do espelho;

- Meus dedões das mãos fazem um ângulo de 90º para o lado de fora como se estivessem quebrados, mas não estão;

- Tenho tesão por inteligência!

- Não gosto que toquem no que é meu, ou que peguem para olhar.

- gosto de ler o que muita gente talvez nunca entenda o porquê ler!

- Meus livros são pessoas queridas para mim!

Alter-ego, again...

novas perguntas para o Alter-ego...

Além de Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

R: Melhor seria *que livros*... Portas da percepção, de Huxley... On the road, de Kerouak... cartas para anaïs nin... ah, este mon dieu.



Já ficou apanhadinha por um personagem de ficção?

R: Sim. Tive tempos de achar que era Iracema, de José de Alencar.(rs). Em poesia, já quis ser Ismália, de Alphonsus de Guimarães...Ah, aquela torre... e Raquel (serrana bela), alvo do trabalho de Jacó à Labão...e Demian, de Hesse... Já quis ser também, um poema: ‘Antes de amar-te, amor’, de Pablo Neruda... e Araras versáteis, de Hilst... tantos...



Qual foi o último livro que comprou?

R: ‘O Idiota’, Dostoiévski. Ainda não li, e sinceramente não sei se vou ler, rs... foi um ímpeto. Mas baixo vários ebooks... o último foi um sobre direito administrativo... de verdade!!



Últimos livros que leu?

R: ‘O livro completo da Filosofia’, de James Mannion; o conceito filosófico básico, de Sócrates a Sartre... Elogio da loucura, de erasmo... pela neurótica 2ª vez... obras de ricardo reis, presente de amandita.



Que livro está lendo?

R: o tal de direito administrativo, resquícios da graduação...

Que livros (5) levaria para uma ilha deserta?

R: Livros?! Eu levaria ‘Delta de Vênus’ de Anaïs Nin; a ironia, a força de Maiakovsky; a metafísica de Fernando Pessoa. Levaria um Atlas também, uns cadernos e lápis/borrachas... (só valia livro??? têm certeza..? meu, eu levaria é meu homem!! (E teria em minha mente, além de vários diabinhos, Neruda, Hilst, Quintana, Drummond, Bukowsky, Florbela, Brecht, o kamasutra, rssss...).

Dialética!




não sei de onde tiraram, mas é muito bom! ;)